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O primeiro núcleo de moradores do futuro município de Maragogi foi o um povoado conhecido como Gamela. Pertencia à Porto Calvo e passou à distrito em 1796. Quando foi elevado à categoria de vila, em 24 de abril de 1875, recebeu a denominação de Isabel, em homenagem à princesa da Lei Áurea.

Com a influência do Rio Maragogi que passava ali perto, aos poucos a vila foi esquecendo a princesa, até que no dia 3 de julho de 1876 a Lei nº 733 definiu que o local seria denominado como Maragogi. A instalação se deu no dia 2 de dezembro de 1876.

A origem do nome é o tupi seiscentista, falado pelos índios potiguares que habitavam o litoral norte da atual Alagoas. No século XVI aparece a grafia “mariguis”, e no século XVII os holandeses grafavam “mariguiji”. Há também a forma seiscentista “maraguí” que vem do tupi “moerú-guí-í”, que significa “rio dos mosquitos” ou dos maruins. Maragogi é uma corruptela portuguesa da forma tupi.

História

Maragogi foi palco de combates durante a ocupação holandesa. Barra Grande e São Bento testemunharam enfrentamentos sangrentos das tropas que se deslocavam de Recife para Porto Calvo, por onde se escoava a produção agrícola da região. O Engenho Genipapo foi ocupado vários dias pelas tropas batavas, que encontraram resistência em duas tentativas de desembarque.

Como resultado dos combates, parte da população fugia para regiões mais isoladas, onde construíam casas utilizando a mão de obra indígena. Algumas destas habitações foram erguidas nas imediações do riacho Corre Água e do Rio dos Paus.

Em 1890, a população de Maragogi era de 18.524 habitantes. Na virada do século já era de 24.707. Em 1920 estava reduzida à 16.593 indivíduos.

Como resquício da história, a tradição familiar no município é muito forte. Aconteceram diversos casamentos entre primos e vários sobrenomes foram guardados, como Lins, Vasconcelos, Buarque, Holanda, Cavalcante e Acioly, mantendo vivas suas raízes.

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Guerra dos Cabanos

Nos primeiros meses de 1832 tem início no norte de Alagoas e sul de Pernambuco um movimento insurrecional que entraria para a história como a Guerra dos Cabanos. No primeiro momento, a sublevação tinha como objetivo devolver D. Pedro I ao trono no Brasil, que após renunciar, estava em Portugal lutando para recuperar a coroa portuguesa.

As hostilidades eram lideradas por Antônio Timóteo de Andrade, em Panelas de Miranda, no agreste pernambucano, e João Batista de Araújo, na praia de Barra Grande, hoje povoado do município de Maragogi.

O primeiro morre em 26 de outubro de 1832, quando tropas provinciais invadem o reduto do Feijão. João Batista de Araújo é encontrado e preso em sua casa, na praia de Barra Grande, por tropas comandadas pelo Almirante Tamandaré.

No final daquele ano, a revolta perde o seu motivo inicial e quem assume o comando é Vicente de Paula, que passa a liderar uma massa composta de índios aldeados, negros fugidos, brancos e mestiços livres que viviam nas periferias dos engenhos.

Com a prisão de Vicente de Paula, em 1850, termina a Guerra dos Cabanos. O líder da revolta foi levado para a ilha-presídio de Fernando de Noronha.

Praça dos Cabanos

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